segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A gente se agarra onde dá pé...

Difícil ver que todos os movimentos que se faz são contraditórios.
Ao mesmo tempo que se cavuca, quer se tapar o buraco, na hora da despedida é quando se quer se conhecer novamente.
Difícil sentir que tudo que se faz para concertar é o que quebra, e quando mais se quer entender menos se tem respostas.
Difícil querer que o passado não exista e e que o presente seja o futuro.
Tentar emendar o vidro que caiu e virou caquinhos muito pequenos, onde não dá para saber onde cada lugar se encaixa. É pedir piedade quando se bate ou ter dó de quem te machuca. É ao mesmo tempo querer a morte e pedir a vida. É tentar mudar o que não muda, é manter estável o mutável. Desistir quando se ganha a luta, permanecer quando tudo já está perdido.
Negar ombros amigos, correr atrás de quem não se importa. Tentar conversar com as portas, enquanto não se escuta quem quer falar.

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